segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Algodão colorido ganha mercado

De produção restrita à tonalidade marron, o algodão da Paraíba em dez anos ganhou as cores verde, rubi e cru ou bege. Para breve, segundo pesquisas da Embrapa, entram no mercado mais três cores – amarela, café e laranja. E confeccionistas como Valtécio Pedro, da marca pernambucana Algodoeiro Eco Fashion, aguardam as novidades para 2012.

Com estande na 12ª Rodada de Negócios da Moda Pernambucana, Valtécio Pedro bota fé no algodão agroecológico, cuja produção no município paraibano de Campina Grande chega a seis toneladas/ano, através de 152 produtores. O custo encarece de 10 a 15%, contabiliza Valtécio Pedro, mas explica: os agricultores aprenderam a manejar plantações orgânicas, foram capacitados pelo Sebrae, a Coopnatural, cooperativa de produção têxtil da Paraíba, compra todo o algodão, que realiza a fiação e a tecelagem. “Tudo é manual, do plantio à colheita. Até para desencaroçar e separar as cores não há máquinas”, pondera.

A Algodeiro Eco Fashion foi criada em 2001, porém trabalha com tecido da Coopnatural apenas há dois anos. “No começo, o algodão colorido representava apenas 5% da nossa produção. Hoje, já soma 70%”, conta Valtécio Pedro, para justificar uma “opção acertada”. A empresa produz cerca de dez mil peças/mês. E tem equipe de estilo coordenando as coleções. Quando mais cores são necessárias, o tingimento é feito com raiz, plantas, ervas, enfim, por processo natural.

Presente pela segunda vez na Rodada de Negócios, a Algodeiro exibia a versatilidade do algodão agroecológico em todo segmento da moda feminina, seguindo a principal tendência para o verão, ou seja, a descontração hippie dos anos 70. 

Por Adélia Lopes

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