Com estande na 12ª Rodada de Negócios da Moda Pernambucana, Valtécio Pedro bota fé no algodão agroecológico, cuja produção no município paraibano de Campina Grande chega a seis toneladas/ano, através de 152 produtores. O custo encarece de 10 a 15%, contabiliza Valtécio Pedro, mas explica: os agricultores aprenderam a manejar plantações orgânicas, foram capacitados pelo Sebrae, a Coopnatural, cooperativa de produção têxtil da Paraíba, compra todo o algodão, que realiza a fiação e a tecelagem. “Tudo é manual, do plantio à colheita. Até para desencaroçar e separar as cores não há máquinas”, pondera.
A Algodeiro Eco Fashion foi criada em 2001, porém trabalha com tecido da Coopnatural apenas há dois anos. “No começo, o algodão colorido representava apenas 5% da nossa produção. Hoje, já soma 70%”, conta Valtécio Pedro, para justificar uma “opção acertada”. A empresa produz cerca de dez mil peças/mês. E tem equipe de estilo coordenando as coleções. Quando mais cores são necessárias, o tingimento é feito com raiz, plantas, ervas, enfim, por processo natural.
Presente pela segunda vez na Rodada de Negócios, a Algodeiro exibia a versatilidade do algodão agroecológico em todo segmento da moda feminina, seguindo a principal tendência para o verão, ou seja, a descontração hippie dos anos 70.
Por Adélia Lopes
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