segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Apucarana quer modelo de Caruaru

A Associação Comercial de Apucarana, cidade paranaense autodesignada de Capital Nacional do Boné, vai implantar um salão de negócios para a área de confecção semelhante ao de Caruaru. “Esse modelo proporciona abertura de mercado, a produção sai da informalidade e a pirataria perde espaço”, assegura Haroldo Kimura, integrante da comitiva paranaenses presente à 12ª Rodada de Negócios da Moda de Pernambuco.

Proprietário da Casa do Bebê e da Aqui e Agora, com sete lojas em Apucarana, Maringá e Mandaguari, além de uma confecção própria em Santa Catarina, Kimura acredita no modelo pernambucano porque acompanha sua evolução há dez anos. “Tudo melhorou com a Rodada de Negócios”, constata, relacionando: “Cidades vizinhas de Caruaru, como Santa Cruz, expunham suas roupas em barracas de madeira. Hoje tem lojas bonitas. A produção antes tinha só preço, hoje tem preço, prazo e qualidade. A mão de obra se qualificou e as coleções acompanham as tendências”.

Apucarana planeja abrir sua primeira Rodada de Negócios no próximo ano, com coordenação da J&B Consultores, que formatou o evento para a Associação Comercial e Empresarial de Caruaru há seis anos. “Nosso modelo nasceu baseado no salão de negócios de Brusque-SC, mas já no segundo ano estava adaptado, afinal cada região tem sua peculiaridade. Então, agora, vamos adequar nosso modelo para Apucarana”, observa Christiane Fiúza.

Em relação à Brusque, a principal alteração foi no sistema de ancoragem. A consultora detalha: “Em Caruaru, ancoramos o vendedor, realizando controle do agendamento. Nas feiras não há compromisso de compra. No nosso sistema, a compra é obrigatória, pois o lojista ganha passagens e hospedagem”. Se Apucarana pode se tornar concorrente a Caruaru, é de se retrucar: a concorrência não é a alma do negócio?

Por Adélia Lopes

Nenhum comentário:

Postar um comentário